AS TRÊS TEORIA DA EPISTEMOLOGIA CONVERGENTE

AS TRÊS TEORIA DA EPISTEMOLOGIA CONVERGENTE

A Epistemologia Convergente, segundo Jorge Visca, tem suas bases nas escolas psicanalíticas, piagetiana e psicologia social de Enrique Pichon Rivière.

Segundo Visca, é necessária a existência de um instrumento conceitual que faça a ponte entre os aspectos gerais de um estudo diagnóstico, o caso particular que se está investigando e um instrumento que deve orientar a prática do diagnóstico psicopedagógico a Epistemologia Convergente possibilita alguns caminhos de acesso para sistematização do conhecimento, organizado através da Matriz do Pensamento Diagnóstico, que é um instrumento conceitual, que possibilita o ir e vir constante, focando e distanciando-se do fenômeno. É isso que permite a reflexão sobre o sintoma da instituição, a instituição em relação ao sintoma e a concepção de mundo, de sociedade que se articula nesse espaço de aprendizagem.


Vertentes teóricas da epistemologia convergente: Escola de Genebra (piagetiana); Papel da epistemologia na educação e na teoria/prática psicopedagógica. Enquanto Piaget faz várias experimentações que tem como resultado novas descobertas, sobre o epstemologico e a hipótese. No trabalho clínico, o psicopedagogo busca não só compreender o porquê de o sujeito não aprender algumas coisas, mas o quê ele pode aprender e como. A busca desse conhecimento inicia-se no processo diagnóstico, momento em que a ênfase é a leitura da realidade daquele sujeito para então proceder a intervenção, que é o próprio tratamento ou o encaminhamento
Psicanálise (freudiana) Método clínico da epistemologia convergenteFreud Coloca-se o método clinico com uma evolução em duas vertentes uma a psicanalise outra epistemologia genética e Melanie Klein , que dedicaram a psicanálise de crianças e abordaram novos conceitos de movimentação ,onde a criança deixa de ser estático , e usa de métodos lúdicos para novas conceituações. Mas conserva a individualização do trabalho.
 Psicologia Social (de E. Pichon-Rivière Pichon-. Já a psicoterapia do adolescente passa do enfoque individual para o grupal. Estilo este usado por Pichon Riveire que considera o grupo como unidade de funcionamento.
Riviére ensinam a importância da interação grupal. Fundamentado na perspectiva da aprendizagem, o aprender a pensar é organizado através da tarefa em grupo com objetivos em comum.
No grupo, as pessoas articulam-se para concretizar os objetivos e aprendem a lidar com as ansiedades e obstáculos, a questionar a falta e a buscar soluções. A sistematização do conhecimento se dá através do coletivo. A tarefa educativa como produto da ação coletiva só é possível quando o grupo aprende a transformar a ação individual numa coletiva.
Processo de ensino- aprendizagem, psicopedagogia e educação inclusiva

  AS CONTRIBUIÇÕES DAS TRÊS TEORIA NO ENSINO EPISTEMOLOGICO:

Papel da epistemologia na educação e na teoria/prática psicopedagógica Psicanálise (freudiana) Método clínico da epistemologia convergem Psicologia Social (de E. Pichon-Rivière Pichon-. Já a psicoterapia do adolescente passa do enfoque individual para o grupal resultado de uma transformação qualitativa,Tal contribuição possibilita uma reflexão a partir da idéias de se articular saberes, proporcionando um melhor fluxo do conhecimento, abrindo caminhos para a compreensão do fenômeno da aprendizagem.
A concepção de aprendizagem apresentada pela Epistemologia Convergente está relacionada ao esquema evolutivo da aprendizagem, através das relações vinculares. Refere-se aos aspectos afetivos e também cognitivos que se estabelecem desde o nascimento, no contato com a função maternante, ampliando-se as relações para a família, a comunidade e a escola. Portanto, o aprender não se restringe à escola, mas é
inerente ao desenvolvimento humano durante toda a sua existência, através das interações com o outro.
Segundo Visca, tais obstáculos podem estar relacionados a diferentes áreas: cognitiva, afetiva, funcional
e/ou cultural.
 Esses obstáculos caracterizam-se pela dificuldade e/ou resistência em aprender, em realizar algumas atividades. Tais condutas podem aparecer associadas ou não, configurando-se como dificuldade à medida que o grupo não consegue se afastar do ponto conflitante para perceber o que coexiste com o problema e tentar superá-lo, transformando e transformando a si mesmo. Portanto, em algum momento, a aprendizagem pode não evoluir por si mesma, necessitando de intervenção; no ambiente institucional, normalmente, esta ocorre de forma espontânea e sem a intencionalidade de aprendizagem qualitativa e reflexiva. “A ação grupal, interação em suas diferentes formas, pode ser regulada a fim de torná-la eficaz, de potencializá-la em vista de seus objetivos.”Nesse sentido, a intenção é instrumentalizar a situação grupal para um
processo de intervenção mais elaborado. Seus objetivos e critérios utilizados para fixar o enquadramento psicopedagogico,os conhecimentos da epistemologia genética com os da psicologia dinâmica, os conteúdos,elementos do enquadramento, o grau de distanciamento e sua avaliação. Enquadrar significa a possibilidade de pensar/ sentir/ agir um contrato, de organizar um combinado, para podermos ter claro quando é possível cumpri-lo ou não e para podermos avaliar o porquê das possibilidades e das impossibilidades. Colocando o tempo,lugar , freqüência,duração e caixa de trabalho , como elementos necessários para que se firme tal conceito.. Citando alguns estudiosos da Psicanálise como Hung-Hellmuth, Ana. Segundo Pihon Riviere ,o enquadramento facilita a transição de um tempo e um espaço próprios, partindo do princípio do prazer. Tendo como ponto de partida quatro conceitos básicos: logística, estratégia, tática e técnica . Conceitos que contribuem para o tratamento não cair na rigidez nem no caos , permitindo a flexibilidade operativa. 
O enquadramento é o “esquema”, “conceitual” e “referencial” com que vou “operar”. Estes quatro termos traduzem-se como o esqueleto de conceitos formados a partir de todas as experiências vitais profissionais e não-profissionais que servirão de referência ou ponto de compreensão e apoio para operar sobre a realidade. O tempo é a unidade durante a qual assiste o sujeito, podendo variar de acordo com o paciente. O tempo de 50 minutos deriva da necessidade de não-contaminação e da comodidade. A contaminação pode ocorrer tanto no paciente como no profissional. O espaço que é o consultório é outro fator que precisa ser analisado, pois o consultório é um prolongamento do psicopedagogo e um dos intermediários oferecidos pelo mesmo.Usa-se alguns critérios para definir o consultório(comodidade,segurança,seleção de reativos ,não-modificação de ancoragens e ancoragens diferenciais) critérios estes que tem vigência para a caixa de trabalho. A caixa de trabalho é uma propriedade temporária – no instante do tratamento – do educando. Também nela contém objetos que foram especialmente escolhidos. Tem elementos capazes de promover, se forem bem mediados pelo terapeuta, a superação ou a minimização das dificuldades de aprendizagem. A caixa de trabalho é única,porque será usada por um único paciente(individual ou grupal). A organização de uma Caixa de Trabalho está estreitamente ligada aos resultados da avaliação diagnóstica psicopedagógica.Será pois a avaliação do real da criança, que subsidiará a construção (que materiais colocar dentro dela) dessa caixa. Os objetos especialmente selecionados deverão considerar e respeitar aspectos tais como: idade cronológica e idade de desenvolvimento; interesses; características sócio-culturais; sexo; facilidades e dificuldades; funcionamento para aprender e diferenças funcionais; nível de apropriação da linguagem escrita; vínculos afetivos estabelecidos com as situações de aprendizagem. Como não existem dois diagnósticos iguais,não há duas caixas iguais. Para seleção do material para a caixa de trabalho existem vários fatores essenciais para a escolha, mas o meio sócio-cultural desempenha um importante papel na seleção da caixa da caixa de trabalho.Os objetos possuem diferentes níveis de significação:individual, grupal e geral. A caixa de trabalho é um prolongamento do psicopedagogo e entre este( e seu prolongamento) e o paciente vai estabelecer um duplo vínculo em via quádrupla. Conceito este desenvolvido por Pihon Rivieire que explica que entre duas pessoas se estabelece uma relação de vínculo recíproco,implicando o vínculo de cada uma delas para a outra o acionamento de aspectos positivos e negativos. Entre sujeito e objeto (humanos ou físicos) se estabelece um duplo vínculo em via quádrupla.A freqüência é o número de vezes que o paciente é atendido num tempo dado.Duração é o tempo total de tratamento necessário para a reabilitação total ou parcial do paciente.

Pihon Riviere denonimou o cone invertido como uma forma de avaliar a conduta do paciente(individual ou grupal) e a do psicopedagogo. Este instrumento consta seis vetores de análise:pertença,cooperação e pertinência-comunicação,aprendizagem e telé.. A pertença consiste na sensação de sentir-se parte . Cooperação consiste nas ações com o outro. A pertinência na eficácia em que se realizam as ações. A comunicação processo de intercambio de informação. Aprendizagem,apreensão instrumental da realidade e a telé,distância afetiva.Enquanto os três primeiros vetores são o resultado de uma transformação qualitativa,os outros não os ervem como indicadores dos primeiros. O cone recebeu o nome cone invertido porque é o meio pelo qual acedia a uma nova situação.


Renata. A ludoterapia gestáltica: uma proposta de terapia não –diretiva. Revista de Psicologia - Edição 1. 2013. [105-106]. Dispnivel em http://blog.newtonpaiva.br/psicologia/wp-content/uploads/2013/03/E1-37.pdf Acesso: 10/07/13.BARBOSA, Laura Monte Serrat. Caixa de trabalho uma ação psicopedagógica proposta pela Epistemologia Convergente, in Psicopedagogia e Aprendizagem. Coletânea de reflexões. Curitiba, 2002.BOSSA, BOSSA, Nádia A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática / Nádia A. Bossa  3, ed  Porto Alegre: Artmed, 2007. 160 p. CARRAHER, Teresinha. O Método Clínico: usando os exames de Piaget. 5ª edição. São Paulo, SP: Cortez, 1998DEMO. Pedro. Educar pela pesquisa. 8 ed. Campinas: Autores Associados, 2007.REGHELIN, Michele. O uso da caixa de brinquedos na clínica psicanalítica de crianças (2008) Contemporânea - Psicanálise e Transdisciplinaridade, Porto Alegre, n.05, Jan/Fev/Mar  [167-179]VISCA, Jorge.. Clínica Psicopedagógica. Epistemologia Convergente. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987WEISS, Maria Lúcia. Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro, DP&A, 2003.

Nenhum comentário: